Engenheiro blumenauense é considerado o 'pai' do concreto
armado.
Emílio Henrique Baumgart nasceu no dia
25 de julho de 1889, em Blumenau. Filho do negociante Gustavo Baumgart e
Matilde. O avô, Emílio Odebrecht, foi um dos colaboradores do Dr. Blumenau nos
tempos de fundação da colônia. Concluiu os primeiros estudos em 1905. Cursou o
primeiro e segundo ano ginasial em São Leopoldo (RS). Completou o curso
secundário no Ginásio Santa Catarina, em Florianópolis. Seu curso foi brilhante
e o atestado de conclusão destaca, no conjunto das matérias, a nota 10 “com
distinção e louvor”. Aprovado em primeiro lugar no vestibular para a Escola
Politécnica do Rio de Janeiro, iniciou o curso de engenheiro civil, o qual foi
em parte custeado com o produto do seu trabalho como professor do Ginásio São
Bento. Posteriormente, foi empregado em um escritório de engenharia. Casou-se
em 1915 e teve dois filhos desse matrimônio. Sobrevieram-lhe dificuldades
de ordem financeira que o obrigaram a suspender o curso por dois anos. Em 1919,
porém, consegue o ambicionado diploma. De começo, foi grande a luta que teve de
sustentar em meio às incompreensões e à má vontade de muitos colegas e mestres.
Em arrojados cálculos e concepções realizou, entretanto, uma obra
monumental. Foi o “pai” do concreto armado.
Depois de sérias desconfianças e
restrições aos projetos geniais de Baumgart, esse recurso tornou-se o principal
fator para o enorme progresso da arquitetura. “O concreto armado”, diz um
articulista, “grande propulsor da civilização, coisa em que toda a gente fala –
até porque na cidade e nos campos, sobre ou sob a terra, por cima ou por baixo
d’ água – está sempre presente, é mais uma criação de brasileiro” e,
acrescentemos, de um catarinense, de um filho de Blumenau. São obras de
Baumgart, além do Cine Palácio e do Edifício da “A Noite”, na época o mais alto
do mundo, os planos e cálculos para a construção de obras arrojadíssimas, como
a parede do Açude de Orós; a ponte Maurício de Nassau, em Recife; a Standard
Piper, na Bahia; os hotéis Glória e Palace, no Rio; o Hangar de Concreto do
Campo dos Afonsos, com arcos de 100 metros de vão; a ponte de Joaçaba e muitas
outras. Um dos seus biógrafos diz: “neste Rio monumental, onde se multiplicam
os prédios de concreto armado, dir-se-ia que Emílio Baumgart mora em toda a
parte: cada colosso que se ergue é, por assim dizer, uma homenagem ao seu
trabalho, um monumento à sua memória”. Baumgart faleceu no Rio de Janeiro, em
outubro de 1943.
Fonte: Fundação Cultural
de Blumenau / Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Biografias de Ruas
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