Receitas

Tradução

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Memória Digital: Emílio Henrique Baumgart



Engenheiro blumenauense é considerado o 'pai' do concreto armado.


Emílio Henrique Baumgart nasceu no dia 25 de julho de 1889, em Blumenau. Filho do negociante Gustavo Baumgart e Matilde. O avô, Emílio Odebrecht, foi um dos colaboradores do Dr. Blumenau nos tempos de fundação da colônia. Concluiu os primeiros estudos em 1905. Cursou o primeiro e segundo ano ginasial em São Leopoldo (RS). Completou o curso secundário no Ginásio Santa Catarina, em Florianópolis. Seu curso foi brilhante e o atestado de conclusão destaca, no conjunto das matérias, a nota 10 “com distinção e louvor”. Aprovado em primeiro lugar no vestibular para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, iniciou o curso de engenheiro civil, o qual foi em parte custeado com o produto do seu trabalho como professor do Ginásio São Bento. Posteriormente, foi empregado em um escritório de engenharia. Casou-se em 1915 e teve dois filhos desse matrimônio. Sobrevieram-lhe dificuldades de ordem financeira que o obrigaram a suspender o curso por dois anos. Em 1919, porém, consegue o ambicionado diploma. De começo, foi grande a luta que teve de sustentar em meio às incompreensões e à má vontade de muitos colegas e mestres. Em arrojados cálculos e concepções realizou, entretanto, uma obra monumental. Foi o “pai” do concreto armado. 

Depois de sérias desconfianças e restrições aos projetos geniais de Baumgart, esse recurso tornou-se o principal fator para o enorme progresso da arquitetura. “O concreto armado”, diz um articulista, “grande propulsor da civilização, coisa em que toda a gente fala – até porque na cidade e nos campos, sobre ou sob a terra, por cima ou por baixo d’ água – está sempre presente, é mais uma criação de brasileiro” e, acrescentemos, de um catarinense, de um filho de Blumenau. São obras de Baumgart, além do Cine Palácio e do Edifício da “A Noite”, na época o mais alto do mundo, os planos e cálculos para a construção de obras arrojadíssimas, como a parede do Açude de Orós; a ponte Maurício de Nassau, em Recife; a Standard Piper, na Bahia; os hotéis Glória e Palace, no Rio; o Hangar de Concreto do Campo dos Afonsos, com arcos de 100 metros de vão; a ponte de Joaçaba e muitas outras. Um dos seus biógrafos diz: “neste Rio monumental, onde se multiplicam os prédios de concreto armado, dir-se-ia que Emílio Baumgart mora em toda a parte: cada colosso que se ergue é, por assim dizer, uma homenagem ao seu trabalho, um monumento à sua memória”. Baumgart faleceu no Rio de Janeiro, em outubro de 1943.

Fonte: Fundação Cultural de Blumenau / Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Biografias de Ruas

Nenhum comentário:

Postar um comentário