A catequese ensinava, nos
anos de 1950, como deveria ser a conduta de um bom cristão.
Clarice Ehmke descreve em sua pesquisa
elaborada nas décadas de 1950 e 1960 que o modelo de vida perfeita estava
alicerçado na ideia de casar, constituir família, manter bom emprego e alcançar
nível econômico estável para manter-se confortável e garantir o futuro dos
filhos.
No espaço eclesiástico, a catequese ou ensino confirmatório ensinava,
além dos conteúdos bíblicos tradicionais, como deveria ser a conduta de um bom
cristão, os valores de ordem, obediência e a importância de constituir família,
reproduzindo o discurso de que o homem deve ser o chefe da casa e que a mulher
irá assumir o papel de mãe, dona de casa e esposa, no firme propósito de manter
uma vida digna, almejando conforto e prosperidade.
A comunhão ou confirmação
era um rito de passagem da infância para o mundo adulto. Na imagem, observa-se
a indumentária das crianças: as meninas em seus trajes lembrando a passagem da
infância para um novo estágio da vida simbolizada pelo traje que lembra a
noiva, enquanto os meninos em seus ternos lembram o noivo. A foto é do interior
da antiga Igreja Matriz São Paulo Apóstolo nos anos de 1940.
Fonte: Fundação Cultural
de Blumenau / Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Ehmke, Clarice.
Namorar e casar: Perspectivas de casamento na década de 50. Revista Blumenau em
Cadernos – tomo XLV – N.01/02 – Janeiro/Fevereiro – 2004. p.78-93
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